domingo, 15 de dezembro de 2013

Xi patrão! Que canseira!

Não consigo cumprir a promessa de passar a escrever mais assiduamente...não há fome que dê em fartura e agora tenho 3 empregos, perdão, 3 trabalhos. Acabei de perder o direito ao subsídio de desemprego subsequente porque trabalho 2 horas diárias = 100 € mensais. É, acho qua já chega para viver!...À vontadinha! Há 1 mês também podia ter arranjado emprego, mas como era na medida do Estímulo 2013 (tinha de ter 6 meses sem descontos para a segurança social) essas 2 horas diárias estragaram-me o esquema. Para a próxima fico sentadinha no sofá a fazer ponto cruz em vez de agarrar o que aparece. A ver se aprendes ó melga! Agora olha, continuo com o meu "emprego" de 2 horas e os meus 2 part-times, sem contrato. Um destes dias trabalhei 14 horas... e tenho 2 putos em casa. E o que ganho não chega ao ordenado mínimo... Estou como o Rui Unas: (não) quero sair de Portugal!!!

sábado, 5 de outubro de 2013

Voltei!

Alma desterrada! Há quanto tempo não teclava aqui! Não se faz!...O que aconteceu? Muita coisa! Bazei do emprego, arranjei outro, vendi o apartamento para comprar uma moradia mais ou menos como a dos nossos sonhos, estalou a crise, não me renovaram o contrato, ao meu companheiro também não, fui morar com os sogros porque já não comprei a tal moradia, descobri que estava grávida e passámos um bom mau bocado!
Neste momento já somos uma família considerável (somos 4!ui, ca medo!), e eu continuo a única mulher cá de casa...! O meu palpite/sonho/desejo (sei lá) não se revelou acertado e tive mais um menino! O mais velho é a minha cara e o mais novo é a cara do pai! Ao menos nisso as coisas ficaram equilibradas! ;-) São os dois liiiiiiiiiiiiiiindos e, curiosamente, derreto-me toda a olhar para as fuças do mais novo. Como é que alguém que é parecido com o meu companheiro ficou assim tão bonito não sei, é um mistério. Um milagre da natureza! (Não fiquem a pensar que ele é horroroso, eu é que lhe digo isto para o atentar! Adoro vê-lo zangadinho!)
Também já deixei a casa dos sogros, arrendámos um apartamento ainda antes do rebento nascer e fizemos muito bem porque da maneira como ele chorava nos seus primeiros meses tinha dado cabo da paciência dos sogrinhos e dos dois (ou talvez mais) vizinhos do lado. E não há como a nossa casa! Embora os sogrinhos tenham sido muito hospitaleiros! Não pensem que vou dizer mal da sogra porque não é o caso. Nem tudo pode ser mau, né? Tenho uma sogrinha que compra amendoins para quando eu vou lá a casa! Não é fixe? Obrigada sogrinha!
Filho mais velho: 4 anos
Filho mais novo: 17 meses
Aventuras não vão faltar, com certeza...
Os dias aqui em casa são um pandemónio! Isto parece uma casa de loucos! De manhã é despachar os miúdos para a escola, voltar a casa para tentar dar uma arrumadela, ir para o trabalho (umas míseras 2 horas a 7 km de distância e a 2,73€/hora), ir buscar os miúdos (não os deixo depois das 16h - são uns sortudos, enquanto eu puder...), estar com os miúdos (e pouco ou nada consigo fazer durante este tempo), pensar no que vou fazer para o jantar (tarefa mais ingrata!), fazê-lo, dar o jantar (guerra aberta aos miúdos! O mais velho não come, o mais novo come tudo e mais alguma coisa!), deitá-los (guerra ainda pior!!!) , arrumar a cozinha, preparar as coisas para o dia seguinte, por volta das 23h30 sentar-me no sofá para a telenovela ir para intervalo nesse preciso momento, beber 1 leitinho (sou pior que os bebés), por volta da meia-noite cansar-me dos anúncios, decidir não esperar pela novela (não, não tenho tv por cabo - são só os miseráveis 4 canais), xixi e cama!
De vez em quando há variações, mas é mais ou menos este o programa das festas cá em casa. Ao fim  de semana é melhor...pelo menos não há obrigação de horários, mas em contrapartida temos os miúdos o dia todo, ou seja, não dá para fazer nada e temos de ter muita paciência!
Amanhã é dia de ir ver os avós e hoje, bem...hoje estou chateada: acho que devia ser feriado!
Vamos deitar os gaiatos, que estão a abusar! Tchau!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Down, down, down...

Apetece-me gritar. Mas estou cansada até para fazer isso. Tenho a sensação que ando às voltas e voltas no marasmo do dia a dia e que daqui não consigo sair, não sei se por falta de energia se por algum destino já traçado. Tenho saudades de ter sonhos e esperança e de ter a inocência de pensar que o dia de amanhã vai ser melhor. Tenho saudades de acreditar. Tenho saudades de ser EU. Ando para aqui perdida de tal modo que já nem me reconheço. Enfim, a maleita dos novos tempos. O quotidiano sem rumo de que padeço, que não me dá espaço para crescer e que fica muito aquém dos meus propósitos de vida vai-me matando lentamente. E dói. Dói e corrói. É de tal forma doloroso que até já me deixou sem forças para lhe fugir... Enfim, hoje estou assim, amanhã estarei melhor, e depois de amanhã ir-me-ei abaixo novamente... o triste fado de uma vida que não é a que queremos...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fico absolutamente parva com a capacidade fantástica que as grandes empresas têem de mandar para o exterior uma imagem completamente diferente da realidade vivida no interior das mesmas. Fico pasma mesmo! Ou os profissionais que tratam disso são excelentes (se eu fosse a eles ia para a política) ou os estudos que eu li foram feitos a toda a pressão pela entidade responsável pelos mesmos ou então as pessoas são estúpidas.
Segundo esses estudos (não vou divulgar a entidade, não....), parece que há imensa gente que quer vir trabalhar para a empresa onde eu trabalho: não sei como...no meu local de trabalho há imensa gente que está desertinha para sair de lá para fora...
A empresa é tida como "forte e robusta": lá isso é; à custa de muito trabalhinho da nossa parte, claro! Trabalhinho é como quem diz TRABALHÃO, muito mal pago, quando não é mesmo á borlix...
É vista como uma empresa de valores e causas, com responsabilidade social... (estou quase a vomitar...!), interessada na qualidade do trabalho dos seus colaboradores - eu diria mais que interessada, interesseira. Porque assim que apanham algum totó (como eu), que se farta de trabalhar e que faz as coisas como deve de ser e que ainda por cima faz isto quando lhe pagam um ordenado de merda (desculpem lá mas não tem outro nome), exploram-no até ao tutano. É até irmos ter com o Doutor à beira de 1 colapso neurótico, já para não falar das espandiloses, das fraquezas, anemias e crises asmáticas que surgem automática e simultaneamente com as crises de stress.

Não sei se já deu para reparar mas eu hoje estou um bocadinho (...1 bocadinho?...) zangada, frustrada, desmotivada com o meu emprego. Corrijo, trabalho. Aquilo não é um emprego.
Para além de estar zangada com o meu trabalho estou, acima de tudo, zangada comigo mesma. Porque me permito estar a trabalhar em condições que não mereço. Em condições que ninguém merece. Em condições que actualmente já não deviam de existir. A crise não pode ser um pretexto para a exploração. Não pode ser uma desculpa para que deixem de tratar os trabalhadores como seres humanos.
Ontem levei um "raspanete" por não ficar a trabalhar após o meu horário de serviço, quando tinha deixado bem claro que tinha de sair a horas nesse dia (para ir buscar uma vacina para o meu filho). Para já, não tenho que dar satisfações sobre o que vou ou não vou fazer após o meu horário laboral; muito menos tenho que trabalhar para além dele e ainda menos tenho que ouvir sermão por não poder ficar para além do mesmo.
O problema é que toda a gente fica. O meu patrão tem um rebanho à maneira: bem mandadinho e caladinho. E aquele que não deixa que lhe dêem umas boas chicotadas (pelo menos psicológicas) é a ovelha ranhosa. Chego a ter colegas que, por acaso, vão ao local de trabalho no dia de folga e metem-nas a trabalhar...corrijam-me se eu estou enganada, mas isto não é normal pois não? Eu não interiorizo que isto seja normal...!
Confesso que após toda a dedicação que tenho tido no meu trabalho não esperava a discussão de ontem. Se eu fosse um daqueles trabalhadores que nunca está disponível para fazer um tempinho extra até percebia. Aprecio quem trabalha com dedicação e empenho, logo eu também trabalho assim. E penso que um trabalhador que apenas cumpre o seu horário e trabalha suficientemente não tem o mesmo valor que um que trabalha mais arduamente e que manifeste alguma disponibilidade extra para com a entidade patronal. Mas existem limites. No Sábado fiz 2 horas a mais (quando as faço ninguém precisa de me pedir; vejo que há trabalho que tem que ser feito e não saio sem deixá-lo pronto), no Domingo trabalhei das 8h às 17h30 ininterruptamente (sim, sem comer e sem ir á wc, como acontece MUITO frequentemente), na 2ª feira saí à 1h30 da manhã (mais duas horas extra time), na semana anterior já tinha saído mais tarde praticamente todos os dias, e esta semana também ainda não tinha saído a horas (áliás, até tinha pensado em tirar as horas que tinha feito a mais na tarde de ontem, mas como havia muitas tarefas para terminar resolvi não o fazer) e no fim de tudo isto (note-se que ainda estou em período de licença de amamentação... e aproveito também para informar que as horas a mais não são pagas - são-nos depois compensadas em tempo, do género ainda estou à espera) tenho de ouvir o que ouvi, da bôca de 1 chefe que ganha o dobro do que eu ganho e que trabalha metade do que eu trabalho??? Puta que os pariu!!!
Eu mereço mais!!! Muito mais! E espero que os meus colegas um dia se apercebam que também merecem mais.
O episódio de ontem foi apenas mais um na minha miserável vida profissional...É capaz de ter sido a 10ª vez em que estive à beira de escrever a minha carta de demissão... mas... estou convencida que "tantas vezes o cântaro vai à fonte que acaba por lá ficar..." Ainda não o fiz porque preciso de dinheiro, né?, mas tenho consciência que por uma questão de direito dos trabalhadores e por amor próprio já o devia ter feito. Não me sinto bem, sinto-me claustrofóbica naquele antro de exploração humana, sinto-me ridicularizada quando dão oportunidades a quem não merece enquanto os que levam a empresa para a frente continuam na mesma (não estou a gozar: uma colega foi colocada num posto pelo qual eu tinha manifestado interesse porque ali não fazia nada de jeito - dito pelo chefe, cunha metida por esse chefe...), por isso vão para a merda mais o sentido de responsabilidade social que tanto apregoam!!!
Ontem deram-me um panfleto da CDU. Sou bem capaz de votar CDU desta vez. Conhecem aquela cantilena: "CDU! CDU! Levas um pontapé no --!"? Pronto, apetece dar um pontapé no -- a alguém...! Ainda não sei bem a quem: entre presidentes, directores, engenheiros, gestores, empreendedores, técnicos, chefes e responsáveis fico na dúvida. Mas vou mesmo dar um pontapé no -- a alguém. Prometo. Porque isto não é viver a sério...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Se eu pudesse eliminava os prédios da face da Terra. Ou melhor, eliminava os meus vizinhos de baixo e de cima. E do 6º e do 2º andar. É impressionante como num prédio com 24 apartamentos apenas dois (no qual o meu está incluído, claro!) têem como moradores pessoas que se podem considerar civilizadas.
O meu vizinho de cima está convencido que a mulher o anda a enganar com outro homem. Ela fica chateadíssima com a desconfiança dele e resolve que toda a gente no prédio deve saber disso pondo os seus dotes de berrar no máximo do volume, ás 6 da manhã!!! Também já aconteceu às 2 da manhã. Eu não ouço o pobre do marido, nem as duas crianças que habitam com eles (embora saiba que existam através dos papéis de rebuçados e de bolachas Belga que vão aparecendo na minha varanda...)
O vizinho do 2º andar de vez em quando (muitas vezes) apanha pielas de caixão à cova e lembra-se de ficar toda a madrugada dentro do carro, com o motor a trabalhar e a rádio aos berros. Já chamámos a polícia algumas vezes mas como os senhores lhe falaram nuito mansinho e fizeram festinhas a coisa não resultou. Mas ele agora está no hospital com a perna partida porque se estampou de carro uma noite destas, com a piela, claro está, e, portanto, não chateia.
Hoje dedicar-me-ei aos vizinhos de baixo: passam a vida com os cigarros na bôca; dia e noite lá estão eles á varandinha a matar o vício, impregnando o meu apartamento com aquele cheiro nauseabundo. Confesso que ando picuinhas nisto. Para quem já fumou até eu me espanto pelo facto de andar tão picuinhas e tão contra o tabaco. Mas pura e simplesmente acho aquele cheiro insuportável! Já quando ia às discos e bares chegava a casa com aquele fedor embebido na roupa, mas estar na minha própria casa e ter de gramar com isso está definitivamente a queimar-me os nervos. São nuvens de fumo que passam pela minha varanda, impossibilitando-me de ir para a fresquinha (agora sabia tão bem!) sem levar com elas na tromba. É giro, eles vêem para a varanda para não ficar a cheirar a tabaco na casa deles, quando na minha se sente o cheiro do tabaco que eles fumam até no corredor! Juro que se fosse possível guardava fumo e cheiro dentro de 1 frasco e despejáva-los para cima até perderem os sentidos! Que vício! Palavra que me faz impressão, havendo já larga informação acerca dos malefícios do tabaco, haver quem continue a fumar. Pelo menos assim, desalmadamente. Sem respeito pelos outros, sem respeito até pelos prórios filhos, que se quiserem estar na varanda também levam com a fumarada. Pior ainda é quem começa a fumar agora... sim, porque há uns desgraçados que começaram a fumar quando era chique e agora têem que ter uma força de vontade do tamanho de um elefante para deixar o cigarro. Não há muitos com uma força de vontade desse tamanho. E há outros completamente totós que ainda vão a tempo de parar mas que se vão embrunhando cada vez mais no vício. Por exemplo, a minha irmã (só por parte da mãe, o que definitivamente explica a sua parvoíce). Era completamente contra o tabaco: bastou-lhe conhecer o não modelo de mãe biológica que ambas temos e que fuma mesmo que não tenha dinheiro para comer, trocar o namorado responsável por um que fuma, e eis que também ela adquiriu esse tão afamado hábito.
Precisamente na altura em que engravidou, o que torna a situação ainda mais macabra. Enfim...
Voltando aos meus vizinhos: como se não bastasse o péssimo hábito do tabaco, agora deu-lhes para fazer grelhados (na tal varanda) TODOS os dias... se calhar querem adoptar uma vida saudável e resolveram começar pela alimentação. Mas isso só faz com que no meu apartamento, para além de cheirar a tabaco, agora cheire também a salsichas, salmão e sardinhas... faz com que mais que alguma vez eu não possa ter as janelas abertas, nem usufruir da minha varanda...faz com que a roupa que eu tenho estendida, ás vezes acabadinha de estender, e muitas vezes roupinha de bebé, linda e fofinha, fique a cheirar a churrasco...faz com que os meus instintos menos humanistas e mais á Mike Tyson surjam em todo o seu esplendor...!!! Portanto, que tal deixarem as salsichas, salmão e sardinhas para o grelhador eléctrico, INSIDE da home, (como eu faço!) e levarem uma vida mais saudável mas começando a deixar de fumar, ãnh?!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Hoje fui passear com o meu rebento (1º filho: mãe babada, pai babado, avós babados; é só baba!), como é costume, e já que estes passeios são uma autêntica aventura resolvi escrever sobre isso mesmo. Só nos apercebemos de como as cidades não estão planeadas para se passear com um carrinho de bebé quando temos um...Não é tarefa fácil, garanto!
1º obstáculo: sair do prédio.
O acesso é feito através de escadas. 20 degraus. Não pensámos nisto quando para lá fomos morar...Para ultrapassar esta situação resolvemos alugar uma garagem no prédio, o que já nos permite sair com o carrinho facilmente para a rua. Alugámos e comecámos a pagar a garagem em Janeiro. Começámos a usufruir dela em Maio (o portão automático esteve avariado todo esse tempo...). O pequeno nasceu em Março... Ou seja, estive dois meses "prisioneira" na nossa própria casa, sem poder ir passear o bebé, por causa de 20 degraus! Custava muito terem lá posto uma rampa?!
2º obstáculo: os passeios.
Após a escolha do melhor percurso (há ruas que não têem passeio, outras que são demasiado estreitas para caber um automóvel e um carrinho de bebé, há ainda aquelas em que há imenso trânsito, as que estão em obras, etc.), aí vamos nós passear! E os passeios estão muito direitinhos...Acho que a Torre de Pizza não consegue ser tão torta. A sensação que tenho às vezes é que estou num barco no meio de uma enorme tempestade. Até sinto o sangue apenas num lado do cérebro, tal é o desnível. Se sózinha já é o que é (então de saltos altos, ui! Com sapatos que esbarram também é catita! E então quando chove?!), com um carrinho de bebé é uma autêntica proeza! Há passeios que só se fazem bem completamente bêbado. Só assim parecem planos.
3º obstáculo: os automóveis estacionados nos passeios.
Num percurso de 500 m, encontram-se à volta de cinco carros mal estacionados. Ups! Um carro! Deixa ver se não vem ninguém...'bora lá um cadinho pá estrada! Gaita pa quem deixa aqui os carros! Desce o passeio, cuidado com as rodas dianteiras que se entortam todas, quase que o carrinho dá um pinote; ai que isto é uma curva, vem lá um carro e eu aqui a fazer equilibrismo...já está! Depressa, sobe o passeio e ufa, ufa!
4º obstáculo: as passadeiras.
Também têem um desnível do caraças. ( Lá há uma ou outra feita como deve de ser.) Aqui o passeio até é baixinho, fazia-se bem, mas não, vou ser cidadã responsável, andar mais uns passinhos e atravessar além na passadeira...ora, agora tenho que ir mais um cadinho pó meio da estrada, que está aqui mais um carro mal estacionado, estica a perna: desce o carrinho; estica a perna: sobe o carrinho, mais dez passinhos e olhá passadeira! Mas o que é isto?! Parece um degrau do castelo de Guimarães! Vou ter que passar aqui?!Chiça!
5º obstáculo: os novos jardins.
Finalmente chegamos aos novos jardins que por aí se fazem agora. Alguns não têem árvores. (Nunca hei-de conseguir perceber porque é que fazem jardins sem árvores...alguns nem sequer flores têem. Mais parecem um campo de futebol - ás vezes em terra batida - do que um jardim. ) Mas insistem em chamá-los de jardins. Se os passeios são o que são, estes novos jardins têem caminhos feitos para quem quer lançar os seus descendentes no "todo-o-terreno". Os da minha cidade são uma fantástica mistura: umas pedras grandonas a fazer uns feitios giros, e o resto em terra arenosa, que vai á vida quando chove. Ficam buracos. Autênticas crateras. É fantástico passear em caminhos assim! Se a criança não vomitar é uma sorte! Mas de certeza que vê o Mundo tremido... Ah! Nestes jardins modernos há dois ou três banquitos (não havia dinheiro p'ra mais). E outra das coisas que não percebo é porque carga de água não colocam os bancos onde há sombra...
6º obstáculo: as pontes modernas.
Não posso deixar de lado as fabulosas pontes inauguradas há pouco nestes belíssimos novos jardins da minha cidade. Devem ter contratado engenheiros, arquitectos, paisagistas e designers do best. É que tiveram uma ideia genial: fazer duas pontes de madeira, em forma de monte (talvez por estarmos inseridos numa zona de Parque Natural de Serras). Havia uma ponte em cimento, plana...mas, segundo estes senhores, não se integrava no conceito destes novos jardins...toca de mandá-la abaixo e fazer estas novas duas pontes. Custam um bocadinho a subir e a descer e são, talvez, um pouco inclinadas de mais, mas são muita giras! Ficam aqui mesmo bem! Para terem uma ideia, quando as pontes foram inauguradas chovia (madeira inclinada e chuva...estão a ver, não estão?) e houve, pelo menos, dois tralhos dignos do "Tá a Gravar". Tenho que fazer uma força do caneco para subir aquelas pontes com o carrinho e, se me descuido ao descer, a criança vai parar uns bons metros lá à frente!... And I wonder: quanto terão pago aos engenheiros, arquitectos, paisagistas e designers? É que, realmente, são muito bons naquilo que fazem. Não têem grande sentido prático, mas fazem coisas muito bonitas! Ás vezes...

Agora uma bela conclusão:
No fim disto tudo, ainda me dizem que não tenho direito direito a receber o subsídio de incentivo á natalidade dado pela Câmara, porque a zona onde eu habito já não faz parte do Centro Histórico (que é este local maravilhoso com as pontes e os jardins onde eu vou passear todos os dias). Então eu estou a dez minutos a pé do Castelo (devagarinho e a subir) e não moro no Centro Histórico? Pelo menos eu passeio no Centro Histórico da minha cidade deserta (acreditem que ao fim de semana não se vê vivalma; chega a ser assustador), enquanto que outros que receberam subsídio vão passear para o Shopping... mas eu não tenho direito ao subsídio... tá bem, pronto. Também não queria assim muito o subsídio. Queria era uns passeios, passadeiras, pontes e jardins como deve ser...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Well, here I am... não sei muito bem porquê, mas lá me têem dito que tenho um certo jeito para a escrita (daquela de caracacá, claro!) e "porque é que não fazes um blogue?" e tal, e cá estou...eu que até nem gosto muito disto de andar para aqui a escrever o que nos vai na cabeça e colocar para quem quiser ler...estou habituada a escrever o que me vai na alma e acabar por deitar fora o rabisco...escrevo por escrever, tal como respiro por respirar...
Mas enfim, decidi alargar os meus horizontes e aderir às novas tecnologias...vamos lá a ver no que isto dá. Mas hoje não vou escrever mais, tá? Nã, que não estou habituada a isto...! Têem que ter calma...até à próxima!